Se você é um neto atencioso que curte passar um tempo com seus avós você já é praticante da netoterapia. Quando falamos em certas práticas – ou hábitos – carregados de benefícios em nosso cotidiano, muitas vezes nos deparamos com o fato de já estarmos exercendo de forma empírica algumas terapias. É assim com a utilização da música para resgatar lembranças de idosos com Alzheimer (Musicoterapia), a importância do sorriso em contextos onde a expressão corporal/facial conforta mais do que o conteúdo verbal e outros benefícios como o convívio com animais (Pet terapia) e o uso da arte em atividades lúdicas e dignificantes (Arteterapia).
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Todas essas, e muitas outras, são administradas e assistidas por profissionais de áreas específicas e com um embasamento teórico em diversas áreas de estudo. Porém, nós familiares e cuidadores acabamos inserindo de uma forma simplificada muitos desses princípios em nosso ato do cuidar. A terapia com os netos é uma dessas formas epíricas que tem seus benefícios comprovados cientificamente, no entanto os profissionais necessários para essa prática são de facílimo acesso: avó, neto e uma geração intermediária (pai ou mãe) para gerir o limite entre benefício e exagero no convívio entre ambos.
O termo é utilizado pelo neurologista Ivan Okamoto que explica os aspectos positivos dessa relação intergeracional que funciona como uma espécie de terapia para todos os envolvidos, deixando a avó alerta, com a mente ativa e sempre em contato com assuntos e temáticas que não fazem parte de seu universo, constantemente renovando seus interesses, como por exemplo buscando e assistindo filmes infantis e infanto-juvenis, jogos com diferentes complexidades e novas regras, e até ajudando o neto a estudar para uma prova, relembrando assuntos que nunca mais foram revisados pela avó.
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Mas atenção, para que esse convívio com os netos possa ser considerado uma terapia, alguns critérios devem ser preservados, como o fato de desfrutar de uma convivência leve e sem grandes obrigações. Para as avós, é mais prazeroso tomar conta do neto quando não há a necessidade de cobrar essa criança para que coma determinado alimento ou faça determinada tarefa. Aí que entra a geração intermediária entendendo a diferença ente o papel de avós e o papel dos pais.
Uma universidade australiana inclusive comprovou que essa relação saudável com os netos pode trazer benefícios para a memória e atrasar alguns sintomas iniciais de doenças como o Alzheimer. No entanto o mesmo estudo mostrou que os avós sobrecarregados com a obrigação de tomar conta dos netos durante toda a semana não tiveram um bom desempenho nos testes de memória e raciocínio por conta do estresse e da responsabilidade delegada a eles.
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Cuidar dos netos deve ser sempre um prazer para que a admiração mútua exista e se crie um vínculo de amizade.
Excelente matéria…o convívio com os avós traz benefícios para ambos, os netos e para os avós…..essa troca de carinho é muito especial