São Paulo – A falta de sono durante a adolescência e o início da idade adulta acelera alterações em proteínas do organismo que estão relacionadas ao surgimento da doença de Alzheimer, doença degenerativa neurológica que pode comprometer de maneira permanente importantes funções cerebrais, como memória, linguagem, cálculo e comportamento. A relação é apontada em um estudo publicado pela Sociedade de Neurociência dos Estados Unidos e coordenado pela Universidade da Pensilvânia.
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A pesquisa observou o comportamento de camundongos machos e fêmeas que apresentavam duas formas de distúrbios de sono muito comuns nas sociedades modernas e urbanizadas: o sono curto e crônico (CSS, na sigla em inglês) e a fragmentação crônica do sono (CFS). Ambas representam interrupções no processo de descanso do corpo e levaram a um início mais precoce das deficiências motoras que se desenvolvem na espécie estudada. Além disso, os animais apresentaram alterações na proteína tau, cujo acúmulo no cérebro está fortemente ligado ao Alzheimer.
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Observações anteriores também apontam que a perda do sono contribui para o acúmulo da proteína amiloide, também ligada ao Alzheimer. Os resultados do estudo publicado hoje reforçam a influência do sono na neurodegeneração presente durante o envelhecimento e confirmam a importância de se adotar hábitos de sono saudáveis no início da vida adulta.