Durante sua juventude, Teotonio Pires Ferreira, de 92 anos, frequentava bailes de carnaval na cidade de Cajuri (MG), onde cresceu. Hoje em dia, vive com Alzheimer, doença que causa perda progressiva da memória. Para relembrá-lo dos velhos tempos, sua família se reune todos os anos e celebra o “Carnavô”.
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Na festa, as filhas de Teotonio colocam adereços sobre ele e empurraram a cadeira de rodas ao som das marchinhas que ele ouvia nos velhos tempos. A preparação envolve a confecção de camisetas para todos.
“Quis compartilhar esse momento porque é uma história muito bonita da minha família. Me orgulho muito disso. E essa publicação também pode ser um incentivo para outras famílias que têm idosos, para que entendam como é importante estar sempre junto com eles”, explica Thalita Ferreira, neta do aposentado, à BBC Brasil.
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Momentos como este são importantes para quem tem Alzheimer. Para a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Neidil Espínola, mesmo com o desgaste, as famílias podem entender que, se o paciente sofre de uma doença incurável, pelo menos ele pode ser cuidado e receber carinho.
Alzheimer tem cura?
Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença.
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As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento. Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo.