Hoje estudos mostram que o “alemão” se inicia entre dez e quinze anos antes do diagnóstico. Faz sentido, depois do diagnóstico olhamos pra trás e percebemos alguns sinais de alerta que passaram despercebidos, claro, muitos desses alertas também fazem parte do processo natural do envelhecimento, afinal de contas todos ficamos um pouco mais lentos, esquecidos e desorientados com o passar do tempo e o rápido avanço das tecnologias. Já pensou na diferença entre um microondas obsoleto da sua avó e do seu ultramoderno aparelho com 40 botões e 500 funções?
Podemos encarar o Alzheimer como uma doença de quatro estágios:
CCL –
O primeiro estágio, chamado de Comprometimento ou Transtorno Cognitivo leve, é quase assintomático. Seus primeiros sinais são prejuízo da memória, atenção e habilidades especiais, por isso com muita facilidade é confundido com sintomas de estresse ou com o envelhecer por si só.
Estágio Leve –
Normalmente é aqui que o esquecimento passa a ser uma preocupação. É onde boa parte dos diagnósticos acontece. Os prejuízos são mais palpáveis, é quando o idoso sai de carro e volta de ônibus, ou então quando vai ao mercado e esquece o caminho de casa. Esquecer faz parte da vida e é essencial liberar espaço para novas informações, mas quando o esquecimento passa a interferir na nossa vida, aí passa a ser considerado um esquecimento atípico e de comum ocorrência no estágio inicial do Alzheimer.
- Perda da memória recente.
- Confusão com dinheiro e calendário.
- Prejuízo na tomada de decisões.
- Isolamento social quando há consciência da doença.
- Depressão.
- Mudanças de humor.
- Dificuldade para se localizar.
- Desconfiança até mesmo com familiares próximos.
Estágio Moderado –
Na fase moderada da doença o idoso agrava os prejuízos já apresentados.
- Maior dificuldade para reconhecer familiares e amigos.
- Transtornos de comportamento como agressividade, apatia ou perambulação.
- Alterações na personalidade do idoso que passa a gostar de coisas que não gostava e repulsar aquilo que sempre gostou.
- Percepção de onde está seu corpo com relação aos objetos, causando acidentes.
- Impossibilidade de gerenciar sua própria vida.
- Dificuldades para realizar atividades comuns e manutenção da casa.
- Dificuldades na comunicação, trazendo o prejuízo da fala e na compreensão do discurso.
- Prejuízo e dificuldade para promover a higiene pessoal.
- Perda da inibição ao tirar a roupa em público, falar palavrões ou “trovar” familiares e amigos.
- Distúrbios do sono.
- Alucinações e delírios.
- Perda do senso comum, do que é adequado em público.
Estágio Avançado –
Nesse estágio o cérebro já está bastante comprometido com o caminhar da doença. O idoso, já acamado, perde a capacidade de se comunicar, de mastigar e ingerir a própria comida, de ir ao banheiro e de cuidar de si. É um estágio de total dependência onde o idoso necessita de assistência para tudo.
- Perda da comunicação.
- Dificuldade na locomoção, tendo que ficar acamado na fase mais crítica e terminal.
- Dificuldade para reconhecer objetos e atrelar a eles algum sentido.
- Prejuízo na deglutição.
Incontinência urinária e fecal.