Seguindo alguns modelos internacionais de valorização da fase final da vida, um residencial de idosos surge em Porto Alegre na expectativa de inovar a forma como o brasileiro encara o envelhecimento com suas limitações.
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Ainda escassos no Brasil, são modelos que dão atenção ao idoso conectando-o ao seu passado, seja por meio de móveis e decorações que remetam a sua fase jovem e de lembranças preservadas, ou promovendo uma independência e autonomia via escolhas diárias. Em qualquer lugar fora desse contexto, escolhas tomadas por idosos com demência poderiam colocá-lo em risco, e por isso perdem muito cedo suas várias formas de liberdade. Porém, em certos ambientes controlados não há escolha ruim, apenas a manifestação da sua vontade. Você quer caminhar ou visitar o vizinho? São possibilidades onde os riscos do meio externo são excluídos.
Assim funciona com as notícias e os assuntos dialogados. Seu avô com Alzheimer vai lembrar mais sobre Segunda Guerra do que sobre o muro do presidente Donald Trump separando USA e México. É provável que um assunto envolvendo antigos fatos históricos, presidentes brasileiros da década de 30/40/50 façam mais jus ao que segue preservado na memória do idoso, possibilitando um diálogo e evitando possíveis alterações de comportamento por conta da confusão mental.
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A nova Instituição de Longa Permanência para Idosos – termo técnico para residencial de idosos – une todas essas premissas já há muito tempo valorizadas na Europa e cria um ambiente remetendo ao conforto, segurança e de constantes tomadas de decisões.
Parece um galpão por fora, mas por dentro os quartos são na verdade réplicas de casas com suas portas de entrada, telhados, vizinhos e calçada. Com isso, esses idosos com demência estão prontos para experienciar sua última prova de autonomia. Digamos que toda a experiência se assemelhe ao set de filmagens de Hollywood ou de algumas novelas brasileiras. Já foi temática de uma coluna aqui no site a proposta de HogeweyK, o vilarejo holandês programado para parecer uma cidade funcional onde todos os moradores são idosos com demência avançada e os funcionários profissionais da saúde treinados. O residencial não parece ir tão longe, mas promete ser uma porta de entrada para um conceito mal interpretado por muitos, mas com benefícios incalculáveis.
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Desde o princípio alguns profissionais da gerontologia classificaram HogeweyK – ou Vila Demência como é chamado – como um estilo segregador, porém não são colocadas na mesa para essa avaliação rasa toda melhora do idoso em práticas como prática de exercício físico, ingestão de suas refeições e até diminuição no uso de alguns medicamentos. Tudo tendo como base três pilares: autonomia, independência e dignidade.
Trazendo algumas dessas ideias adaptadas para nossa realidade, o espaço próximo ao aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha terá inauguração ainda em janeiro de 2019, e o Luka Hotel Residencial Sênior passará a funcionar após R$ 6 milhões em investimento para adaptações e ambientação do local.
O ato final da vida é um constante jogo de perdas, familiares e profissionais dispostos a perpetuar a dignidade e o conforto são a resposta certa para o encerramento de um ciclo como deve ser.
Vocês aceitam casal, homem com alzheimer 62 anos, mas já acamado, é meu esposo, mas gostaria de me internar com ele pra estarmos sempre juntos.
Olá Elizabet, tudo bem? Que linda a sua atitude! Provavelmente aceitam sim, o telefone que achei na internet é esse:
Luka Residencial Senior (51) 3010-1213
Achei ótima a matéria do cohousing! Vc sabe se já tem algum em São Paulo?