esquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, estão prestes a testar em humanos um tratamento contra o Alzheimer que utiliza bolhas de gás microscópicas. Os tratamentos experimentais estão previstos para começar já no final de 2019.
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Segundo a equipe, quando entram em contato com energia ultrassônica, essas bolhas de gás são capazes de romper as barreiras que impedem a remoção das placas amiloides (responsáveis por interferir no processo de sinapse dos neurônios). No início deste ano, o projeto já havia mostrado um bom resultado ao inverter com sucesso os sintomas de demência e diminuir o número de placas em camundongos idosos.
“Todos os cérebros mudam com a idade, se tornando mais frágeis. Como o Alzheimer é uma doença relacionada ao tempo, queríamos investigar se nossa tecnologia de ultrassom é segura para ser usada em cérebros mais antigos”, disse o pesquisador Gerhard Leinenga, em fevereiro. “Os ratos que tratamos neste estudo seriam o equivalente humano de 80 a 90 anos de idade.”
Na última terça-feira (18), Pankaj Sah, professor-diretor da área especializada no estudo cerebral na universidade, confirmou que os testes mostraram a abertura temporária das barreiras hematoencefálica, o que facilitou a remoção das placas tóxicas. Ainda, todos os sintomas do Alzheimer foram revertidos com sucesso e as funções da memória se restauraram – pelo menos nos animais.
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Sobre o Alzheimer
A barreira hematoencefálica é feita de células achatadas que envolve todos os vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Ela serve para proteger o tecido neural de toxinas que circulam na corrente sanguínea, além de permitir (ou não) a entrada de gases respiratórios, açúcares e pequenas moléculas de sinalização, como os hormônios.
Embora a camada previna a entrada de elementos perigosos no cérebro, ela também acaba bloquenado o acesso da maioria dos medicamentos e limita o trabalho das células do sistema imunológico. A consequência é que o corpo se torna incapaz de remover as proteínas que formam as placas amiloides.
De acordo com os pesquisadores, a energia usada do ultrassom incentiva as microbolhas a quebrarem essas barreiras e conseguirem o espaço necessário para que os remédios atuem e, assim, combatam as placas amiloides.
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Por mais promissores que sejam os resultados em animais, outros pesquisadores sugerem que a placa amilóide, causadora da demência, não seja o único motivo para a doença. Assim, ainda é necessário que se comprove que a melhora nos ratos estudados pela equipe da Universidade de Queensland realmente foi motivada pelo rompimento das barreiras ou se as bolhas acabaram afetando outro fator que também ocasiona o Alzheimer.
Atualmente, não há terapias aprovadas para Alzheimer ou qualquer outro tipo de demência, apenas medicamentos que ajudam a controlar os efeitos colaterais.
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