Quando se pensa em vacinação a primeira coisa que vem à mente são as crianças e as grandes campanhas veiculadas pela televisão e outros meios de comunicação. Porém, se engana quem acredita que a infância é a única faixa etária importante nos programas de imunização. A vacinação nos idosos também é parte fundamental na prevenção e promoção da saúde.
Os idosos frequentemente são acometidos por inúmeras doenças, tanto crônicas quanto agudas, que podem estar relacionadas à hospitalização, gastos com o tratamento de infecções secundárias e até a morte. Uma das formas mais eficazes de prevenção, no caso das infecções respiratórias, se dá através da vacinação, pois o vírus influenza é um dos principais agentes etiológicos destas doenças, responsável por até 75% dessas infecções.
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Nessa população, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a utilização de três vacinas: contra Influenza, infecções pneumocócicas, e tétano-difteria. A vacina contra Influenza deve ser administrada todos os anos, no período que precede o outono/inverno, nos indivíduos acima dos 60 anos e naqueles portadores de doenças crônicas, tais como, doenças pulmonares e cardiovasculares. Os cuidadores de idosos também são candidatos a receber anualmente a vacina, além dos indivíduos, idosos ou não, residentes em Instituições de Longa Permanência.
A gripe é uma doença infecciosa causada por um vírus (influenza) e que pode ser transmitida de uma pessoa para outra. Seus sintomas são: febre, coriza, tosse seca, dores pelo corpo, cabeça e garganta. A vacinação é fundamental e muito importante, pois existem inúmeros estudos, inclusive realizados no nosso país, que mostram que a vacinação reduz hospitalizações secundárias a pneumonia e exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica, muitas vezes secundarias a uma “simples gripe”.
É uma vacina segura e com a ocorrência de efeitos colaterais acometendo aproximadamente 30% dos vacinados, sendo os mais comuns: febre baixa, dor e irritação no local da vacina que podem ocorrer no 1o e 2o dias e durar até dois dias.
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Doutor, não tomo a vacina, pois sempre pego uma gripe forte depois de tomar!!! Qualquer medico que orienta a vacinação para os seus pacientes já ouviu este tipo de questionamento. Aproximadamente 40 a 60% dos idosos que são vacinados apresentam a imunidade desejada após 10 a 14 dias da vacinação. Desta forma, neste periodo o indivíduo ainda não esta totalmente protegido. Essa resposta depende de alguns fatores que incluem, inclusive, o número de vacinações anteriores. Alguns indivíduos são acometidos por resfriados (também causado por vírus, porem com algumas características diferentes da gripe) e acabam achando que foi efeito da vacina.
Sabe-se que a vacina diminui a incidência e gravidade das infecções, portanto devemos seguir sempre as campanhas e receber anualmente as vacinas programadas no calendário, pois ainda é um recurso simples e comprovado, e que salva vidas. Seu medico deverá te orientar caso haja alguma contra-indicação para a vacinação, naquele momento.